Qual o risco de extinção da Biodiversidade na Sustentabilidade do Planeta?

A Biodiversidade corresponde diversidade biológica, portanto, resulta da Natureza em si, e não decorre da intervenção humana. Essa diversidade biológica contempla não só a fauna ou a flora, mas também os micro-organismos.
Biodiversidade cruza se com conservação do Planeta e hoje em dia, passa pela consciencialização e tomada de medidas que reponham “a originalidade do mesmo” porque não temos um Planeta B.
A Biodiversidade assenta em três pilares: os genes, as espécies e o ecossistema. Charles Darwin quando no âmbito da sua viagem de cinco anos de circum-navegação se dedicou a estudar as origens das espécies, demonstrou com clareza o entrelaçamento das mesmas com a Vida e com a sobrevivência do Planeta.

O Relatório da ONU publicado em 2019 sobre a Biodiversidade é claro sobre os riscos para a fauna e flora por força da industrialização e as consequências sobre a gestão do Planeta. Isto porque as atividades humanas “ameaçam mais espécies atualmente do que nunca”. Isso significa que em torno de 1 milhão de espécies “já enfrentam risco de extinção, muitas delas em décadas, a não ser que ações sejam tomadas para reduzir a intensidade de impulsionadores de perdas à biodiversidade”.

As consequências evidenciadas que colocam em risco, “habitats” e ecossistemas tem sido bem patente, com os fogos em Portugal, na Amazónia ou na Austrália, por exemplo. A polinização ameaçada pode fazer milhões de insetos. A poluição causada, o dióxido de carbono libertado, conjugado com o aquecimento global em curso conduz a destruição irreversível do Planeta e os riscos aumentam, com a incerteza da sustentabilidade gerada:

• O que poderá acontecer nas orlas ribeirinhas das zonas costeiras?
• O que poderá acontecer se alguns micro-organismos deixarem de estar vivos?
• Poderão emergir pandemias?
• Os “stocks” alimentares básicos poderão alterar a agricultura, inventada há 10 anos e transformada pela revolução químico-agrária de há 70 anos?

O “Green-Deal” proposto pela EU e o seu “roadmap” devem ser vistos como uma chave para ajudar o Planeta. Não podemos ver a agricultura a colapsar por uso de pesticidas que estão a eliminar biliões de insetos, quando se procuram massificar culturas como, por exemplo o olival intensivo do Alqueva.

Queremos conservar o “encantamento da natureza” e fruir do Turismo da Natureza e dos ecossistemas, seja Amazónia, nas montanhas da Península Ibérica ou de África.
Torna se assim imperativo atuar. Estamos em emergência climática como foi referido no 1.º Relatório da ONU de Maio de 2019.
A atuação dos poderes públicos, de organismos de proteção civil, das empresas e dos cidadãos numa cruzada de “combate á ameaça de extinção de mais de um milhão de espécies” é um dever planetário, que nos convoca a Todos.

NOTA: exemplo da ameaça do aquecimento global sobre os ursos polares:

https://arcticwwf.org/species/polar-bear/threats/